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sábado, 30 de março de 2013


Em 30 dias, dois trabalhadores morrem a serviço da Cemig


Sindieletro-MG
No último dia 7, Paulo César da Silva, de 53 anos, da empreiteira Rizal Construções Elétricas, entrou para a triste e escandalosa estatística de trabalhadores mortos a serviço da Cemig.
Com a morte deste eletricitário, a  Cemig superou sua média trágica de acidentes.  Em um mês a empresa já registrou doisacidentes fatais com eletricitários terceirizados.
Como foi o acidente
Paulo César da Silva faria 54 anos no próximo dia 26, deixa três filhos e esposa. O eletricista estava fazendo a sustituição de cabos na rede, quando o poste de concreto quebrou. Ele caiu com o poste. A equipe da Rizal realizava o trabalho de  substituição da rede de distribuição rural no distrito de Olegário Maciel, município de Piranguinho, Sul de Minas. O eletricitário,  foi levado para um hospital em Itajubá, mas não resistiu aos ferimentos.
Familiares de Paulo revelaram que ele tinha muita preocupação com a segurança. Um de seus filhos disse que ele sempre levava o jornal "Chave Geral" para casa e um dos temas que a familia mais acompanhava era sobre as mazelas da terceirização e os riscos para os trabalhadores. A familia vai acompanhar a apuração do acidente e cobra que medidas sejam tomadas para evitar mais acidentes. Ainda de acordo com os familiares, Paulo era vizinho de um trabalhador terceirizado mutilado por acidente a serviço da Cemig e que sempre lamentou a situação do colega.
No dia 6 de fevereiro, outro acidente, na zona rural de Caratinga, no Vale do Aço, tirou a vida do eletricitário Sérgio Roberto Gomes da Silva, da Construrede Eletricidade. O trabalhador morreu pouco depois de ser atingido por um galho de árvore.
Não é fatalidade
Para o Sindieletro é inaceitável que uma das maiores empresas de energia elétrica do país, que ano a ano bate o recorde de lucros seja, também, uma das companhias com maior número de acidentes graves e fatais.
Os eletricitários não vão ficar calados diante da dor dos familiares dos trabalhadores que perderam a vida para construir “A melhor energia do Brasil”. O lucro da Cemig não pode ser fruto da precariedade das relações e das condições de trabalho.
O Sindieletro-MG não aceita que as mortes sejam tratadas como fatalidades  enquanto os dados mostram que a terceirização pontecializa os acidentes graves e fatais