MTE interdita serviços e máquinas no ERG2

Foto: Leandro Carvalho

ERG2 está em construção, mas uma parte da estrutura já está pronta e em operação

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Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Estado interditaram, nesta semana, sete serviços e máquinas do Estaleiro Rio Grande 2 (ERG2). Foram interditadas todas as operações de soldagem MIG e eletrodo, a utilização de andaimes tubulares com plataformas de trabalho acima de dois metros, todas as Plataformas de Trabalho Aéreo (PTAs), duas betoneiras, operações de pintura por atomização, operação de usina móvel de concreto e movimentação aérea de estruturas e componentes. O termo de interdição foi entregue quarta-feira às empresas Ecovix-Engevix Construções Oceânicas S/A, Engevix Engenharia e RG Estaleiros ERG02 S/A. O ERG2 está em construção, mas uma parte da estrutura já está pronta e em operação. As irregularidades ocorreram na construção civil e na parte que está em operação.

Conforme o auditor fiscal do Trabalho Fábio Lacorte da Silva, da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Rio Grande, as empresas agora precisam adotar as medidas de saneamento necessárias e depois apresentá-las ao MTE que, estando tudo certo, irá liberar as atividades e máquinas interditadas. Silva explicou que, a partir de setembro do ano passado, ocorreu uma série de acidentes de trabalho graves no Polo Naval e três mortes. Em função disso e do elevado número de trabalhadores que atuam nas empresas do Polo Naval rio-grandino, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) criou três Grupos Móveis, envolvendo 20 auditores fiscais de diferentes municípios do Estado, para fiscalização nestas.

O primeiro grupo atuou no Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1), de 7 a 9 deste mês. O segundo, fez fiscalização no Estaleiro da Quip, localizado na ponta Sul do Porto Novo, de 14 a 16 deste mês, verificando as obras de construção das plataformas P-58 e P-63. E o terceiro grupo fez vistorias no ERG2 segunda, terça e quarta desta semana (de 27a 29 de maio). Em abril, auditores fiscais lotados em Rio Grande já tinham fiscalizado a construção da P-55. No ERG1, na P-55, P-58 e P-63, também ocorreram interdições de alguns setores, sendo que parte dos problemas detectados já foram corrigidos.

As irregularidades constatadas também geram autuações. Fábio Lacorte da Silva observou que são feitas interdições quando detectadas irregularidades que caracterizam risco grave e iminente à vida e ou à saúde dos trabalhadores. 

Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br