Pesquisar neste blog

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fiscais flagram alojamento precário e trabalhadores sem carteira assinada


Irregularidades foram encontradas em fazenda em São João da Boa Vista.
Ao todo, 16 pedreiros e serventes estavam vivendo em condições precárias.

Do G1 São Carlos e Araraquara


Fiscais do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho encontraram, nesta quarta-feira (14), várias irregularidades em um alojamento de trabalhadores da construção civil emSão João da Boa Vista (SP). Camas improvisadas, fiação elétrica exposta e falta de registro em carteira estão entre os problemas encontrados. A empresa responsável se comprometeu a resolver a situação.
A fiscalização foi motivada após uma denúncia do Sindicato do setor.  Ao chegarem na fazenda Santo Antônio da Serra, no limite entre São João da Boa Vista e Santo Antônio do Jardim,  foram encontraram 16 trabalhadores vivendo  em condições precárias.
O alojamento é totalmente improvisado e, em cada um dos três quartos, estão oito camas. “Deprimente, degradante e sem a mínima condição de habitação de um ser humano. Não tem espaço, entra vento e a região é fria, as camas são improvisadas, não são fornecidas roupas de cama. O pessoal reclama da infestação de ratos e a fiação elétrica está exposta, o que aumenta o risco de incêndio”, afirmou o auditor do Ministério do Trabalho e Emprego Antônio Carlos Avancini.
Metade dos pedreiros não tinha carteira assinada em obra em São João da Boa Vista (Foto: Oscar Herculano Jr/ EPTV)Metade dos pedreiros não tinha carteira assinada
em obra (Foto: Oscar Herculano Jr/ EPTV)
Os pedreiros e serventes trabalham na construção de três casas e um escritório desde novembro do ano passado. Metade deles não tem registro em carteira. O serviço foi terceirizado a uma empreiteira de São Paulo, que será responsabilizada pelas irregularidades. “Nós precisamos ainda verificar a possibilidade da boa prática da empresa, que é a Diferencial, para que esse pessoal seja removido para um alojamento adequado e que as relações de trabalho sejam formalizadas”, afirmou o procurador do Ministério Público do Trabalho Nei Messias Vieira.
O administrador da Fazenda, Cassiano Luiz Vieira, disse que vai exigir que a construtora registre todos os funcionários e também que coloque os trabalhadores em um lugar adequado.
Já o engenheiro Carlos Cassuni, da construtora Diferencial, disse que a empresa chegou a comprar containers para alojar os funcionários, que se recusaram porque tinham medo de passar frio. Informou ainda que neste fim de semana vai procurar uma casa em São João para realojar os trabalhadores.