13 de agosto de 2013
Os riscos à saúde e à segurança dos metalúrgicos da Bergson, de Osasco, fizeram com que a GRTE (Gerência Regional do Trabalho e Emprego) em Osasco interditasse 36 máquinas da empresa. A ação, realizada no dia 24 de julho, provocou a interrupção total da fábrica.
Segundo o auditor fiscal Rodrigo Caldas de Oliveira, a metalúrgica deve se adequar a NR-12 (Norma regulamentadora), que regulamenta os padrões de segurança em máquinas e equipamentos, de modo a eliminar as zonas de riscos. “[A empresa] atua há cerca de 40 anos e utiliza máquinas antigas. A legislação avançou e temos um conflito: o maquinário não atende a lei”, explicou. Com isso, Oliveira orienta as empresas a buscarem informação junto com os sindicatos, empresas especialistas no assunto e adotarem medidas de prevenção. Isto porque “A postura hoje é de não aceitar a inercia das empresas. Não podemos deixar na mão do trabalhador a responsabilidade pela sua integridade”, enfatizou.
Mesa Redonda – O Sindicato só tomou conhecimento do caso 12 dias depois do acontecido. Isto porque a empresa solicitou uma mesa redonda com a presença da entidade que aconteceu na quinta-feira, 8. Na ocasião, o vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente, cobrou o cumprimento da Convenção 148 da OIT, que permite aos sindicatos o acompanhamento nas fiscalizações, até mesmo para passar informações de interesse dos trabalhadores, como pagamento de salários e situação da empresa.
Já a Bergson informou que está tomando algumas medidas necessárias, providenciando adequações. Além disso, pediu um prazo para que todas sejam feitas. No entanto, o pedido foi negado pela Gerência. Com isso a empresa entrará com um pedido de suspensão parcial de interdição das máquinas que considera segura para o funcionamento. Na próxima quinta-feira, 15, uma nova fiscalização será realizada, desta vez com a presença do Sindicato, para reavaliação das máquinas.