Pesquisar neste blog

domingo, 21 de julho de 2013


Operário de 16 anos cai do telhado e morre

Telhado de onde caiu o adolescente de 16 anos - Foto: Aldo V. Silva (Jornal Cruzeiro do Sul)
Um operário de 16 anos caiu de uma altura de seis metros do telhado de um galpão e morreu. Ele realizava o serviço de retirada de telhas de uma empresa desativada que estava sendo demolida na Avenida Ipanema, próximo ao Jardim Bethânia, zona norte de Sorocaba (SP), no sábado, dia 13 de julho. 
Segundo testemunhas, o operário de nome Paulo Henrique da Silva Santos, que trabalhava na demolição do local, não usava equipamentos de proteção individual como capacete e cinto de segurança. 
Auditores-Fiscais da Gerência Regional do Trabalho e Emprego – GRTE/Sorocaba, em São Paulo, foram ao local, na segunda-feira, 15, para investigar as causas do acidente e não encontraram nenhum trabalhador na área do galpão. A análise do acidente encontra-se em fase preliminar e a equipe busca subsídios e dados para identificar a empresa responsável pela contratação do rapaz de 16 anos. 
Segundo informações dos Auditores-Fiscais, acidentes de trabalho na construção civil são recorrentes, mas, neste caso há um agravante, porque se trata de um menor de 16 anos, que jamais poderia estar desempenhando esse tipo de trabalho. 
A GRTE/Sorocaba compreende 37 municípios, contemplando uma população acima de dois milhões de pessoas. Para monitorar esta extensa região há apenas três Auditores-Fiscais do Trabalho da área de segurança, sendo que um deles deve se aposentar ainda este ano. 
Apesar dos esforços da Gerência e do Setor de Fiscalização, fica difícil atender à demanda de trabalho, que surge de diversos parceiros institucionais como do Ministério Público do Trabalho – MPT, Sindicatos, Justiça do Trabalho e da população em geral. Na região há o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST, que também conta com o apoio da GRTE/Sorocaba, no que tange às atividades de conscientização de trabalhadores e empresários, visando à redução de acidentes de trabalho, principalmente os graves e fatais. 
De acordo com os Auditores-Fiscais, é preciso que as instituições unam esforços no sentido de refrear o sucateamento e ostracismo a que está sendo relegado o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, fortalecendo-o estruturalmente, repondo e ampliando o quadro de Auditores-Fiscais do Trabalho e criando cargos de nível médio para o bom andamento de processos e atividades.  É o que o Sinait pleiteia diuturnamente. 
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, e da GRTE de Sorocaba, em São Paulo.