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terça-feira, 21 de maio de 2013


Em três dias, dois operários morreram em plataformas da Petrobras, na Bacia de Santos

Sindicalistas apontam a terceirização de serviços como o grande vilão dos acidentes de trabalho
O plataformista Leandro de Oliveira Couto, 34 anos, empregado da Seadrill, morreu às 10 horas, neste sábado, 18 de maio, imediatamente após sofrer uma queda de uma altura de 20 metros na plataforma SS-69. A sonda realizava uma operação de descida de revestimento em um poço, na Bacia de Santos, e estava a serviço da Petrobras.
A morte de Leandro acontece 72 horas após a morte de outro plataformista, em condições muito semelhantes ao que aconteceu na SS-83, também na Bacia de Santos. O plataformista da empresa Queiroz Galvão, que atuava na plataforma de perfuração SS-83, morreu na tarde de quarta-feira, 15, vítima de acidente de trabalho. A empresa atua sob contrato com a Petrobras.
O trabalhador sofreu uma queda às 11:39, de uma cesta que estava a uma altura de sete metros, durante uma operação de descida de revestimento. Quando ainda chegava o resgate ao local, às 14:30, o petroleiro não resistiu aos ferimentos e morreu.
O Sindipetro-NF e a Federação Única dos Petroleiros - FUP criticam duramente a política de segurança da Petrobras. Os acidentes fatais em 72 horas confirmam a necessidade de mudanças profundas nessa política.
Para os sindicalistas, além de comprometer a soberania energética, a privatização e terceirização das atividades de petróleo têm precarizado as relações de trabalho no Brasil, deixando um rastro de mortes, amputações, doenças crônicas e acidentes ambientais. As petrolíferas privadas, segundo eles, não têm compromisso social ou com a soberania do país e menos ainda com os trabalhadores. A maior parte das empresas atua de forma antissindical, desrespeita a legislação e tem por prática a terceirização de atividades fins, o que já acontece há muito tempo na Petrobras. Desde 1995, pelo menos 329 petroleiros morreram em acidentes de trabalho no Sistema Petrobras, dos quais 265 eram contratados de empresas privadas.
Com informações do Sindipetro-NFe da Federação Única dos Petroleiros.