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domingo, 26 de maio de 2013

Para entidades, trabalhador que atua com EPI não está sujeitos a variação térmica prejudicial


Associações apoiam PL sobre pausas térmicas


A União Brasileira de Avicultura (Ubabef), a Associação Brasileira das Indústrias 
Exportadoras de Carne (Abiec), e a Associação Brasileira da Indústria Produtora e 
Exportadora de Carne Suína (Abipecs) se manifestaram favoráveis ao Projeto de 
Lei (PL) 2363/11, do deputado Silvio Costa que altera o artigo 253 da CLT.
 
O projeto de lei, que esteve em audiência pública na Comissão de Trabalho, de 
Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados na quinta-feira, 23,
 limita e define a concessão de pausas para a recuperação térmica dos empregados 
e o adicional de insalubridade em frigoríficos.
 
De acordo com as associações, em nota, o PL corrige um erro de interpretação contigo 
no artigo 253 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que teve, como consequência,
 a edição da Súmula 438 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), de que todo e qualquer 
ambiente artificialmente frio se assemelha a câmara frigorífica, definição que as entidades 
discordam.
 
“Além disto, a súmula passou a ser utilizada de forma ampliativa, funcionando como
 uma legislação - algo exclusivo ao Poder Legislativo, e não do Judiciário”, explicam, 
no comunicado.
 
Segundo as associações, a Norma Regulamentadora 36, que foi publicada em abril
 deste ano, supre esta questão e estabelece a aplicação de pausas no trabalho. 
“É preciso ressaltar, ainda, que o trabalhador que desenvolve suas atividades em 
ambientes climatizados,  com os devidos equipamentos de proteção individual (EPI's),
 não estão sujeitos a variações térmicas prejudiciais”, explicam.
 
“Por este motivo, outra norma específica sobre o tema, a Norma Regulamentadora 15, 
determina que qualquer avaliação sobre esta questão seja feita de maneira técnica, 
por especialista, e não por regras gerais, como o parâmetro estabelecido pela Súmula 438”, completaram.

Na quinta-feira, 23, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação
 e Afins (CNTA Afins), que representa mais de 500 mil trabalhadores do setor, rejeitou o PL. 
De acordo com a associação, o projeto de lei vai contra a súmula do TST e foi vista pelos trabalhadores como reação patronal à recente publicação da NR.
Fonte: Agência Estado