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quinta-feira, 16 de maio de 2013


Falta de auditores fiscais do trabalho prejudica atendimento em São Carlos

Cidade tem hoje 6 profissionais, mas precisaria de pelo menos mais 20.
Trabalhador recebe apenas um formulário para registrar a denúncia


Do G1 São Carlos e Araraquara
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A falta de auditores fiscais do Ministério do Trabalho, em São Carlos (SP), está prejudicando os trabalhadores que precisam fazer denúncias ou pedir orientações.  A cidade tem atualmente seis auditores, mas precisaria de pelo menos mais 20. A alternativa está sendo buscar um advogado.
A gerência regional do trabalho confirma a falta de funcionários. Há três anos, eram 16 auditores, mas alguns se aposentaram e outros foram transferidos. Hoje ele são apenas seis, que só fazem fiscalizações externas.
Desde outubro do ano passado, quem procura o atendimento encontra a sala dos auditores vazia. Antes, o atendimento era feito três vezes por semana e recebia, em média, 30 pessoas por dia, de 24 cidades da região. Agora, o trabalhador recebe apenas um formulário para registrar a denúncia, sem garantia de que o problema será resolvido.
Gerente regional do trabalho diz que número de auditores deve diminuir ainda mais em São Carlos (Foto: Ely Venâncio/EPTV)Gerente regional diz que número de auditores deve
diminuir ainda mais (Foto: Ely Venâncio/EPTV)
Segundo o gerente regional, Antônio Valério Morillas Júnior, o quadro de funcionários deve ficar ainda menor nos próximos meses. “A situação é preocupante porque no decorrer dos próximos meses mais dois auditores estarão requerendo sua aposentadoria. Nós temos a autorização para a realização de concurso para contratar 100 auditores fiscais para o Brasil”, afirmou.
Na falta do serviço público, o trabalhador vai ter que pagar do próprio bolso pela orientação. “Infelizmente a população, que porventura estiver vinculada a um segmento em que não exista sindicato na cidade, ela não tem outra alternativa a não ser procurar um serviço particular, como um advogado”, explicou Morillas.
O Jornal Regional tentou contato com o Ministério do Trabalho, em Brasília, para saber quais as providências serão tomadas a respeito da falta de auditores fiscais, mas não obteve retorno.
Atendimento
Há três anos, um grupo de mulheres  trabalha em uma empresa de São Carlos. Elas foram contratadas como auxiliares de produção, mas trabalham como operadoras de máquinas. “Somos obrigadas a ensinar funcionários novos, assumimos todas as responsabilidades, corremos todos os riscos que os demais correm. Eles são registrados como multifuncional e tem salário diferenciado”, afirmou uma delas, que preferiu não se identificar.
As funcionárias disseram que procuraram o responsável pela empresa, mas, como nada foi feito, foram até o Ministério do Trabalho e também não tiveram atendimento. “Disseram que poderíamos fazer uma carta. A pessoa passou para nós que essa carta ia ficar lá jogada, que isso poderia levar meses para chegar até o responsável e que nada seria resolvido”, afirmou outra funcionária, que também não quis se identificar.
Elas acreditam que a ajuda do Ministério do trabalho é fundamental para resolver as irregularidades. “Eles têm o poder na mão. Eles têm o direito de entrar na empresa e verificar todos os problemas que estão acontecendo”, disse.

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