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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

30º Enafit - Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho Na manhã desta quarta-feira, 21 de novembro, os Auditores-Fiscais do Trabalho tiveram oportunidade de participar de cursos de atualização, oferecidos dentro da programação do 30º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – Enafit.

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30º Enafit proporcionou cinco cursos de atualização para Auditores-Fiscais do Trabalho
Na manhã desta quarta-feira, 21 de novembro, os Auditores-Fiscais do Trabalho tiveram oportunidade de participar de cursos de atualização, oferecidos dentro da programação do 30º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – Enafit.

30º Enafit - Palestra sobre neurociência deu dicas para bem-estar físico e mental

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A neurocientista e doutora da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Suzana Herculano-Houzel, apresentou a palestra"Fique de bem com o seu cérebro: dica da neurociência para uma vida melhor", nesta quarta-feira, 20 de novembro, no 30º Encontro Nacional de Auditores-Fiscais do Trabalho - Enafit. Ela mostrou de que forma o corpo e o cérebro reagem às emoções do dia-a-dia como o stress. Também enumerou os cuidados para envelhecer com bem-estar, entre eles, a boa alimentação e a atividade física.
 
“O exercício físico aumenta o metabolismo, torna nosso corpo mais eficiente, contribui para a longevidade e envelhecimento com qualidade de vida”. Segundo ela, além de saúde mental e física, o bem-estar significa ter controle e capacidade para resolver os problemas.  
 
Suzana completou que, ao longo dos anos, as capacidades cognitivas entram em declínio como a memória, o raciocínio, a visualização espacial e a rapidez. “Por isso, para manter essas capacidades precisamos exercitá-las, quanto mais usamos o cérebro, mais cuidamos dele”. Ela então apontou maneiras de exercitar a memória, por exemplo, entre elas, a dança de salão, atividades lúdicas, como palavras cruzadas e xadrez, e principalmente a leitura. “Ler dá um prazer incrível, exige nossa atenção, nos transporta para fatos e lugares, além de emocionar”.
 
De acordo com a pesquisadora, quando o motivo para o stress pode ser resolvido por quem o sente, pode até ser positivo. “Esse tipo de stress provoca uma força que nos prepara para resolver e lidar com os problemas”.
 
Um dos exemplos de “stress positivo” é fazer atividade física por mais de 20 minutos e suar. Suzana explicou que, após esse tempo, o corpo produz um hormônio chamado cortisol, capaz de oferecer a sensação de força e energia para agir. “Em doses adequadas, o cortisol favorece a memória, dá prazer e queima gordura abdominal”.
 
Porém, quando não temos a capacidade de solucionar as preocupações, o stress se torna crônico. Nesses casos, cortisol é produzido em demasia e o efeito pode ser contrário: doenças cardiovasculares, ansiedade e depressão.
 
Suzana também falou sobre falta de motivação e estado de preguiça. De acordo com ela, é normal sentir vontade de não fazer nada após um dia cansativo de trabalho, por exemplo. “É o momento em que o cérebro manifesta a necessidade de dormir. Por esse motivo, não é aconselhável realizar atividades motivadoras como jogos eletrônicos”. Já a falta de motivação se torna preocupante quando está relacionada a uma tristeza ou insatisfação que não condiz com a realidade da pessoa, o que também pode ser diagnosticado como depressão.  
 
Para quem está se aposentando, ela aconselhou a procurar outras atividades que deem prazer, como o voluntariado, justamente para evitar a depressão. “Ajudar o próximo comprova o controle que temos sobre nossa própria vida. Esse domínio é tanto que podemos escolher tornar a vida dos outros melhor”.  A formação de vínculos afetivos também contribui para o bem-estar. “O contato físico é muito bem-vindo. Combate o stress e a ansiedade”, concluiu.
 
Motivação e serviço público
 
Após a palestra, o Sinait entrevistou Suzana Herculano para saber como a neurociência pode ser aplicada no serviço público e assim contribuir para a motivação. A pesquisadora disse que os dados não são favoráveis pela dinâmica da maioria das instituições. “O setor público é marcado por uma lentidão atroz para as coisas acontecerem. Até o processo de contratação é lento”, ela disse.
 
Segundo ela, outro problema do serviço público é a falta de reconhecimento em algumas funções e a demora no processo da meritocracia. “O reconhecimento dos esforços é fundamental para manter a motivação, a produtividade, o bem-estar. Se continuar assim, é um sistema que está fadado ao insucesso nas suas raízes”. Para a pesquisadora, quando o sistema é ágil o suficiente, pode permitir ideias, afinidades e sistemas novos. Suzana também aconselhou os servidores públicos que estão se sentindo frustrados: “Uma das formas é buscar maneiras de se manter motivado”.