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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Siderúrgica mantinha 150 trabalhadores em condições de escravidão no Pará


Fiscais do MTE encontraram os trabalhadores em atividade de carvoejamento e como cozinheiros em completa informalidade

 
Fonte: Portal Amazônia, com informações do MTE
Foto: Divulgacão/ MTE
BELÉM -  O Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo resgatou na última semana 150 trabalhadores na Siderúrgica do Pará (Sidepar), em Goianésia (PA). Os trabalhadores foram encontrados em atividade de carvoejamento e como cozinheiros em completa informalidade, submetidos a condições de vida e trabalho degradantes.
Segundo a fiscalização, embora as siderúrgicas sejam as destinatárias finais da produção dessas carvoarias, elas não assumem que recebem o carvão produzido de maneira irregular – sem atender aos requisitos dos órgãos ambientais – e negam de forma veemente que a atividade desses trabalhadores estejam ligadas à sua produção. Além das péssimas condições de trabalho, os trabalhadores pernoitavam em construções precárias, que não atendem as mínimas condições de habitabilidade.
Ao final da operação todos os trabalhadores foram retirados do local e os auditores fiscais do trabalho emitiram vários autos de infração, além de buscar ligação dos trabalhadores com a empresa para tentar calcular as verbas rescisórias. Ao todo, foram emitidas 138 guias de seguro-desemprego e 28 Carteiras de Trabalho e Previdência Social aos trabalhadores resgatados.

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